RECOMEÇAR!
“Começar de novo, e contar “comigo”, vai valer a pena, ter amanhecido...”
Ter coragem de recomeçar a cada vez...fácil de dizer, difícil de fazer.
Todas as manhãs pelo mundo afora, pessoas acordam com essa meta, esse desejo de recomeço, enfrentando o dilema: Por onde e como encontrar forças pra recomeçar.
É preciso enlaçar as tristezas, num laço apertado, e jogá-las no desfiladeiro, que só tem o eco como companheiro.
É preciso enfrentar o inimigo maior, nosso eu interior, e torná-lo nosso cúmplice.
É preciso que nos tornemos perdoadores de nós mesmos. Nosso eu é nosso carrasco maior, na maioria das vezes.
Ninguém nos poderá ajudar nessa tarefa! É uma incumbência que só podemos delegar a nós mesmos.
É preciso achar o trilho perdido, nesta nossa vidinha de cada dia, de estradas nem sempre tão planas, nem sempre bem sinalizadas, que se repartem em múltiplos caminhos sem setas de chegada.
É necessário, muitas vezes, juntar os cacos partidos de um coração que de alguma forma foi estraçalhado.
Abrir a janela e perceber que o sol brilha a cada manhã, não apenas por nossa causa, mas apesar de nós. Saber que a vida continua, quer queiramos ou não! estejamos alegres, ou estejamos tristes...
A vida caminha, esteja nossa alma leve ou pesada!
Estamos vivos e enquanto houver vida dentro de nós... temos de ter coragem e esperança de... Começar de novo, ainda que comigo, vai valer a pena, ter amanhecido!!...
POLLICE, Ercilia de Arruda (adaptado).
1. Assinale a idéia que o texto NÃO apresenta.
A) Muitas vezes, a causa do insucesso está em nós mesmos.
B) A cada situação de insucesso, nova tentativa torna-se necessária.
C) A coragem e a esperança são sentimentos fundamentais para se recomeçar.
D) A vida é sempre um vir a ser.
E) A vida se delineia por caminhos bem definidos.
LETRA E
No trecho: “É preciso achar o trilho perdido, nesta nossa vidinha de cada dia, de estradas nem sempre tão planas, nem sempre bem sinalizadas, que se repartem em múltiplos caminhos sem setas de chegada.”, é clara a mensagem de que a vida é sempre um vir a ser.
2. Assinale a passagem do texto que traduz o esforço que o “eu” precisa despender para conseguir vencer os sofrimentos e ter condições de tentar recomeçar.
A) “Ninguém nos poderá ajudar nessa tarefa!”
B) “É preciso achar o trilho perdido, nesta nossa vidinha de cada dia,”
C) “É necessário, muitas vezes, juntar os cacos partidos de um coração que de alguma forma foi estraçalhado.”
D) “Abrir a janela e perceber que o sol brilha a cada manhã,”
E) “A vida caminha, esteja nossa alma leve ou pesada!
LETRA C
A frase: “juntar os cacos partidos de um coração que de alguma forma foi estraçalhado”, denota o esforço desempenhado pelo “eu” para conseguir vencer os obstáculos e recomeçar.
3. Na passagem “começar de novo, ainda que comigo,”, semanticamente, a expressão em destaque significa que é:
A) atenuada a preocupação com recomeçar.
B) reforçada a determinação de recomeçar.
C) revelada a indecisão de se recomeçar.
D) demonstrado o esforço desperdiçado com recomeçar.
E) minimizado o empenho para recomeçar.
LETRA B
A expressão “ainda que comigo” enfatiza o empenho, a determinação de recomeçar do “eu”.
4. Segundo o texto, a maior barreira que o sujeito enfrenta para recomeçar é a necessidade de:
A) ter coragem.
B) ter esperança.
C) desvencilhar-se das tristezas.
D) achar o caminho perdido.
E) enfrentar a si mesmo
LETRA E
Afrase: “É preciso enfrentar o inimigo maior, nosso eu interior”, deixa claro que o maior obstáculo vivenciado pelo sujeito é enfrentar a si mesmo.
5. É preciso corrigir a forma sublinhada na frase:
a) Os homens se corrompem porque seus interesses pessoais sobrepujam todos os outros.
b) Por que sempre há os que deturpam o pensamento alheio?
c) Sim, a vontade geral quase nunca sobrepuja as vontades particulares, mas por que?
d) O porquê do egoísmo humano sempre foi um grande mistério.
e) A justiça social, por que todos lutam, está longe de ser alcançada.
LETRA C
POR QUÊ – É usado em fim de frase interrogativa ou de oração.
Ex.: Você não chegou na hora combinada por quê?
6. Analise as afirmativas.
I. Em “...e também não acontece de imediato.”, o termo sublinhado é acentuado por ser oxítono terminado em EM.
II. Em “...de ultrapassagem da raiva e de dissolução da mágoa.”, o termo sublinhado é acentuado por ser
paroxítono terminado em ditongo crescente.
III. Em “O autoconhecimento poderá ser a âncora da aprendizagem.”., o termo sublinhado é acentuado por ser proparoxítono.
Está CORRETO o que se afirma em
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) III, apenas.
D) todas.
E) nenhuma.
LETRA D
A palavra TAMBÉM é uma oxítona terminada em EM. Outras palavras como REFÉM, PORÉM e NINGUÉM seguem a mesma regra.
A palavra MÁGOA é uma paroxítona terminada em ditongo crescente assim como CIÊNCIA, SÉRIE e INFÂNCIA.
A palavra ÂNCORA é proparoxítona, uma vez que a tonicidade recai na última sílaba. Outras palavras tais como MÉDICO, PÁSSARO e LÂMPADA seguem a mesma regra.
7. Garanto...você que compete... ela, pelo menos... meu ver, tomar providência para resolver o caso.
A) à, à, a
B) a, à, a
C) a, a, a
D) à, a, a
E) a, à. à
LETRA C
Não há crase nessas ocorrências, uma vez que as palavras VOCÊ, ELA e MEU são pronomes que repelem o artigo.
Outros exemplos:
Dirijo-me a Vossa Majestade.
Fiz referência a ele.
Isto não interessa a ninguém.
O autor a cuja obra me refiro.
8. Não se dirigia...ninguém em particular, mas punha-se...gesticular, rindo muito...vontade.
A) à, a, à
B) a, a, à
C) a, à, à
D) a, a, a
E) à, a, a
LETRA B
O pronome NINGUÉM e o verbo GESTICULAR repelem o artigo, no entanto a locução adverbial À VONTADE é craseada.
Outras locuções adverbiais:
Trabalharam às escondidas.
Fui levado à força.
Quero deixar tudo às claras.
Fiz o trabalho às pressas.
9. Ela estava ... irritada e, à ....... voz, porém com ......... razões, dizia ....... desaforos.
A) meio - meia - bastantes - bastantes
B) meia - meia - bastante - bastante
C) meia - meia - bastantes - bastantes
D) meio - meia - bastante - bastante
E) n.d.a.
LETRA A
A palavra MEIO é invariável quando equivale à expressão “um pouco” (função adverbial)
Ex.: Ela está meio pensativa.
A palavra MEIO é variável quando equivale a “metade” (função adjetiva)
Ex.: Tomamos meia garrafa de vinho.
Estava a meio metro de distância.
A palavra BASTANTE varia quando equivale ao termo muitos (as), suficientes (função adjetiva)
Ex.: Fiz bastantes coisas em casa.
Estudei bastantes assuntos para o concurso.
10. Assinale erro no emprego da palavra meio:
A) Existem meios para tudo.
B) O relógio bateu meio-dia e meia.
C) Empurrei a porta que estava meio fechada.
D) Bebia sozinho meia garrafa de vinho.
E) Ela ficou meia envergonhada pela reprovação.
LETRA E
Na frase: Ela ficou meia envergonhada pela reprovação, o termo meia foi utilizado impropriamente. Por equivaler à expressão “um pouco”, o termo correto seria MEIO envergonhada.
11. Indique a alternativa correta:
A) Tratavam-se de coisas fundamentais.
B) Comprou-se terrenos no subúrbio.
C) Precisam-se de datilógrafas.
D) Reformam-se ternos.
E) Obedeceram-se aos regulamentos.
LETRA D
Reformam-se ternos = Ternos são reformados. A palavra se, então, é partícula apassivadora, o verbo reformar é transitivo direto e ternos o sujeito do verbo comprar. Como o sujeito está no plural, o verbo também tem de estar.
12. .... três meses que não ... os pássaros.
A) Faziam - via-se
B) Fazia - se via
C) Fazia - se viam
D)Fazia - viam-se
E) Faziam - se viam
LETRA C
O verbo fazer conserva-se na 3ª pessoa de singular quando indica TEMPO TRANSCORRIDO ou FENÔMENO METEOROLÓGICO.
A palavra Não atrai o pronome oblíquo se, tal atração configura uma próclise (colocação do pronome antes do verbo).
13. Aponte a alternativa em que ocorra oração coordenada sindética adversativa:
A) Ou você resolve o exercício, ou fica sem nota.
B) Ele não resolveu o exercício, logo ficou sem nota.
C) Resolva o exercício, porque você ficará sem nota.
D) Ele preferia ficar sem nota a resolver o exercício.
E) Ele ficou sem nota, mas não resolveu o exercício.
LETRA E
A palavra MAS (conjunção adversativa) marca a ocorrência de uma oração coordenada sindética adversativa.
14. Na frase: “Maria do Carmo tinha a certeza de que estava para ser mãe”, a oração em destaque é:
A) subordinada substantiva objetiva indireta
B) subordinada substantiva completiva nominal
C) subordinada substantiva predicativa
D) coordenada sindética conclusiva
E) coordenada sindética explicativa
LETRA B
O substantivo CERTEZA pede complemento (tinha certeza de quê?). Assim, a oração “de que estava para ser mãe” desempenha a função de complemento nominal do referido substantivo.
15. Marque a alternativa em que a oração destacada não é substantiva.
A) “O importante é que a nossa emoção sobreviva.”
B) Convém que ele volte logo.
C) Os alunos que se ausentaram foram repreendidos.
D) É preciso que eles se esforcem ainda mais.
E) Parece que tudo acabará bem.
LETRA C
Quanto o “que” for conjunção subordinativa integrante, iniciará oração que exerce função de sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo do sujeito e aposto não iniciado por pronome relativo. A oração iniciada pela conjunção integrante será chamada de oração subordinada substantiva.
Ex. Acho que você está equivocado. (A oração “que você está equivocado” funciona como objeto direto do verbo achar, denominada oração subordinada substantiva objetiva direta)
No entanto, na frase: “Os alunos que se ausentaram foram repreendidos”, o QUE é um pronome relativo. Ele equivale ao termo quais (Os alunos os quais se ausentaram...).
16. No período: “É necessário que todos se esforcem”, a oração destacada é:
A) substantiva objetiva direta
B) substantiva objetiva indireta
C) substantiva completiva nominal
D) substantiva subjetiva
E) substantiva predicativa
LETRA D
O verbo de ligação + predicativo + QUE (É preciso..., É bom..., É melhor..., Está comprovado..., Parece erto..., Fica evidente..., etc) são elementos característicos de uma oração subordinada substantiva subjetiva.
17. Leia atentamente: “A maior parte dos funcionários classificados no último concurso, optou pelo regime de tempo integral”. Na frase há um erro de pontuação, pois a vírgula está separando de modo incorreto:
A) o sujeito e o predicado.
B) o aposto e o objeto direto.
C) o adjunto adnominal e o predicativo do sujeito.
D) o sujeito e o predicativo do objeto direto.
E) O objeto direto e o complemento agente da passiva.
LETRA A
A vírgula está separando indevidamente o sujeito da oração (“A maior parte dos funcionários) da informação atribuída a ele (optou pelo regime de tempo integral).
“- Muito bom dia, senhora,
Que nessa janela está;
sabe dizer se é possível
algum trabalho encontrar? “
(João Cabral de Melo Neto)
18. No primeiro verso, senhora vem entre vírgulas porque o termo é:
A) um aposto.
B) um sujeito deslocado.
C) um vocativo.
D) um predicativo
E) um sujeito simples.
LETRA C
O vocativo (chamamento) é um elemento intercalado, isolado, não-essencial à estrutura sintática das frases e orações; mesmo se retirado, o sentido básico da oração não fica prejudicado. Sua identificação é simples em praticamente todos os contextos.
No segmento destacado, a palavra senhora é um vocativo.
19. Assinale a alternativa em que o termo em parênteses é SINÔNIMO do termo sublinhado?
A) “...começou furiosamente a usá-lo e em pouco tempo...” ( violentamente)
B) “Logo que o homem colocou o novo cabo no machado...” (embora)
C) “...e pediu às árvores que estas lhe doassem um cabo...” (vendessem)
D) “...e em pouco tempo havia derrubado com seus potentes golpes...” ( frágeis)
E) “Tivéssemos respeitado os direitos daquela jovem árvore...” (desobedecido)
LETRA A
O advérbio violentamente pode ser empregado no lugar de furiosamente sem que haja alteração semântica.
20.. Assinale a alternativa cujo termo em parênteses é SINÔNIMO do(s) termo(s) sublinhado(s).
A) “Pais do mundo todo se sentem perdidos...” (VINCULADOS)
B) “...para penetrar no mundo dos seus filhos.” (DEPRECIAR)
C) “...que os hábitos dos pais brilhantes revelam que ninguém...” (EVIDENCIAM)
D) “...e conhecer na plenitude a palavra paciência.” (PARCIALMENTE)
E) “...não conseguem aprender com seus alunos e renovar ferramentas...” (PRESERVAR)
LETRA C
O verbo evidenciar pode ser empregado no lugar de revelar sem que haja alteração semântica.
Fonte: JC&E
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